segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Baço - Histologia I

Resumo de Histologia para a segunda séria (histologia I)

Baço:

É um dos órgãos linfáticos e que apresenta uma série de características que fazem a identificação do seu tecido. Este é órgão encapsulado, maciço e avermelhado, localizado na porção superior esquerda do abdômen, ficando interposto na corrente sanguínea. É o único órgão linfático interposto na corrente sanguínea e é o maior órgão linfático. Além disso, por ser rico em células fagocitárias e apresentar um contato íntimo com o sangue, ele é considerado um importante órgão de defesa do corpo contra micro-organismos que penetram no sangue e é o principal órgão destruidor das hemácias desgastadas. Este órgão forma linfócitos e é um importante centro de filtração dos antígenos, com liberação rápida resposta ao estímulo e um grande produtor de anticorpos.

A cápsula de tecido conjuntivo denso envolve o órgão e emite trabéculas que dividem o parênquima (ou a polpa esplênica) em compartimentos incompletos. Ele serve também como um órgão que armazena sangue. O estroma é constituído por células e fibras reticulares que sustentam o parênquima. Nele encontram-se pontos esbranquiçados que são os nódulos linfáticos, formando a polpa branca, descontínua. Entre esses nódulos há um tecido vermelho-escuro que é a polpa vermelha (rico em sangue – coloração devido a hemoglobina). Esta polpa vermelha é formada por estruturas alongadas, os cordões esplênicos ou cordões de Billroth (o arranjo cordonal deve-se a uma sequência de células alinhadas, sem obrigação de ter tamanho definido, linha imaginária), entre os quais estão os seios ou sinusóides esplênicos.

Na polpa branca tem a artéria central (que na maioria das vezes não é central) ou artéria da polpa branca que é um ramo da artéria trabecular e está é um ramo da artéria esplênica (que passa no hilo esplênico). As artérias centrais são envolvidas por uma bainha de linfócitos, a bainha periarterial (compõe a polpa branca). A artéria central divide-se e passando a ser uma arteríola, mantendo o nome. A arteríola central divide-se formando as arteríolas peniciladas. Próximo à sua terminação existe um espessamento constituído de macrófagos, células reticulares e linfócitos, o elipsoide.

Nas bainhas periarteriais (próximo a artéria central) predomina os linfócitos T, e nos nódulos existe a predominância dos nódulos B. Existe ainda os seios marginais que é uma área ainda não bem delimitada entre o a polpa branca e a polpa vermelha com linfócitos, macrófagos e células dendríticas (célula apresentadora de antígeno), que retém e processa os antígenos trazidos pelo sangue. Essa
zona tem papel importante na filtração e na resposta imunológica.

Os cordões esplênicos são constituídos por uma rede frouxa de células reticulares e fibras reticulares (colágeno tipo III) que contem outras células como macrófagos, linfócitos T e B, plasmocitos, monócitos, leucócitos, granulócitos, além das plaquetas e hemácias.

O baço realiza também a hemocaterese, liberando a bilirrubina (pigmento sem ferro) pela degradação da hemoglobina. Além disso é também respnsável pela degradação de plaquetas.

Aprofundamento:
JUNQUEIRA, Luiz C.; CARNEIRO, José. Histologia Básica: Texto/Atlas. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara/koogan, 2011.

Nenhum comentário:

Postar um comentário