Resumo de Histologia para a segunda séria (histologia I)
Baço:
É um dos órgãos linfáticos e que apresenta uma série de
características que fazem a identificação do seu tecido. Este é órgão
encapsulado, maciço e avermelhado, localizado na porção superior
esquerda do abdômen, ficando interposto na corrente sanguínea. É o único
órgão linfático interposto na corrente sanguínea e é o maior órgão
linfático. Além disso, por ser rico em células fagocitárias e apresentar
um contato íntimo com o sangue, ele é considerado um importante órgão
de defesa do corpo contra micro-organismos que penetram no sangue e é o
principal órgão destruidor das hemácias desgastadas. Este órgão forma
linfócitos e é um importante centro de filtração dos antígenos, com
liberação rápida resposta ao estímulo e um grande produtor de
anticorpos.
A cápsula de tecido conjuntivo denso envolve o órgão e
emite trabéculas que dividem o parênquima (ou a polpa esplênica) em
compartimentos incompletos. Ele serve também como um órgão que armazena
sangue. O estroma é constituído por células e fibras reticulares que
sustentam o parênquima. Nele encontram-se pontos esbranquiçados que são
os nódulos linfáticos, formando a polpa branca, descontínua. Entre esses
nódulos há um tecido vermelho-escuro que é a polpa vermelha (rico em
sangue – coloração devido a hemoglobina). Esta polpa vermelha é formada
por estruturas alongadas, os cordões esplênicos ou cordões de Billroth
(o arranjo cordonal deve-se a uma sequência de células alinhadas, sem
obrigação de ter tamanho definido, linha imaginária), entre os quais
estão os seios ou sinusóides esplênicos.
Na polpa branca tem a
artéria central (que na maioria das vezes não é central) ou artéria da
polpa branca que é um ramo da artéria trabecular e está é um ramo da
artéria esplênica (que passa no hilo esplênico). As artérias centrais
são envolvidas por uma bainha de linfócitos, a bainha periarterial
(compõe a polpa branca). A artéria central divide-se e passando a ser
uma arteríola, mantendo o nome. A arteríola central divide-se formando
as arteríolas peniciladas. Próximo à sua terminação existe um
espessamento constituído de macrófagos, células reticulares e
linfócitos, o elipsoide.
Nas bainhas periarteriais (próximo a
artéria central) predomina os linfócitos T, e nos nódulos existe a
predominância dos nódulos B. Existe ainda os seios marginais que é uma
área ainda não bem delimitada entre o a polpa branca e a polpa vermelha
com linfócitos, macrófagos e células dendríticas (célula apresentadora
de antígeno), que retém e processa os antígenos trazidos pelo sangue.
Essa
zona tem papel importante na filtração e na resposta imunológica.
Os
cordões esplênicos são constituídos por uma rede frouxa de células
reticulares e fibras reticulares (colágeno tipo III) que contem outras
células como macrófagos, linfócitos T e B, plasmocitos, monócitos,
leucócitos, granulócitos, além das plaquetas e hemácias.
O baço
realiza também a hemocaterese, liberando a bilirrubina (pigmento sem
ferro) pela degradação da hemoglobina. Além disso é também respnsável
pela degradação de plaquetas.
Aprofundamento:
JUNQUEIRA, Luiz C.; CARNEIRO, José. Histologia Básica: Texto/Atlas. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara/koogan, 2011.
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